TATO, TOQUE E CORAÇÃO
Não nos tateamos mais.
Vício esquecido.
Largado no tempo.
Não nos tocamos como antes.
Já não sabemos como fazê-lo.
Esquecemos nossos caminhos.
Parece tarde para reaprender.
Emoções se foram.
Sentimentos estão guardados.
Tatos e toques esquecidos.
Sem objetivo.
Perdemos o manual de instrução.
Expirou-se o prazo de validade.
Só nós ficamos.
Tentando segurar o essencial de nós,
talvez suspirando de saudade de ontem.
E o tempo passando insistentemente.
E a falta do toque a se tornar diário.
Até cair no esquecimento do corpo.
E do coração.
(Cynthia Andrade)
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